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Mucoproteínas versus Alfa1-Glicoproteína Ácida: o que quantificar?

O processo inflamatório agudo, decorrente de infecções, danos teciduais ou provenientes de outros estímulos, induz o aumento da concentração de várias proteínas séricas, designadas como “proteínas de fase aguda”. A quantificação destes marcadores no soro pode ser útil na detecção do processo agudo, bem como no seu monitoramento.

Uma fração das glicoproteínas séricas, ricas em polissacarídeos ácidos, foi designada por Winzler et al., no início dos anos 50, como “mucoproteína”, sendo uma das primeiras frações a serem isoladas e relacionadas como proteínas de fase aguda. A Alfa-1 Glicoproteína Ácida também conhecida como orosomucóide, é o componente mais importante da fração mucoproteína presente no soro, sendo a porção carboidrato da molécula relacionada a processos de modulação do sistema imune, tem massa molecular de 41 a 43 kDa, é muito ácida(pH 3,5), possui alto teor de carboidrato( 45%), o que a torna muito estável e passa pelo filtrado glomerular em larga extensão, resultando em uma meia- vida de apenas 5 dias na circulação.

A quantificação da mucoproteína sérica tem sido substituída amplamente pela quantificação da Alfa-1 Glicoproteína Ácida em países de primeiro mundo e não é citada em publicações internacionais há mais de duas décadas. A dosagem de Alfa-1 Glicoproteína vem substituindo a de mucoproteínas devido as grandes vantagens de sua metodologia:

_ Especificidade: uso de anticorpos específicos;
_ Precisão;
_ Capacidade de automação do procedimento: diminui a introdução de artefatos técnicos na análise.

Ensaios de reprodutibilidade mostram que o “coeficiente de variação inter-ensaio” de mucoproteínas é 4,5 vezes maior do que o obtido na determinação de Alfa-1 Glicoproteína Ácida. Com esta variabilidade analítica tão elevada a dosagem de mucoproteínas coloca este ensaio como semi-quantitativo, diminuindo sua utilidade clínica , em especial quando comparada com a performance da Alfa-1 Glicoproteína Ácida.

A Alfa-1 Glicoproteína Ácida aumenta durante as inflamações agudas e crônicas, está elevada após o infarto do miocárdio, em doenças autoimunes, neoplasias malignas, obesidade, artrite reumatóide, glicocorticóides(endógenos e exógenos), exercícios físicos e anormalidades hematológicas. A diminuição da Alfa-1 Glicoproteína Ácida é encontrada em doenças hepáticas crônicas, síndrome nefrótica, gravidez, administração de estrógenos, perdas protéicas gastrointestinais e na infância.
Disponibilizamos a dosagem de Alfa-1 Glicoproteína Ácida pelo método de Imunoturbidimetria, cujo valor de referência é de 0,50 a 1,20 g/L

Referências bibliográficas:
1.Ritchie,R.F.etal.Reference distributions for positive acute phase serum proteins,alpha-1-acid glicoprotein(orosomucoid),alpha-1-antitrysin,and haptoglobin: a pratical, simple, and clinically relevant approach in a large cohort.Clin. Lab. Anal.,14(6):284-92,2000.
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4. PRADO,F.C.;RAMOS,J.ª;VALLE,J.R.-Atualização terapêutica –Manual prático de diagnóstico e tratamento.Ed. Artes Médicas,19 edição.São Paulo,1999.
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